O que é depressão?

Dizem que combate-la equivale a travar uma desabalada luta sem tréguas cada minuto e cada dia. A Organização Mundial de Saúde já a classificou no passado como sendo o primeiro problema de saúde do mundo. Ela pode ser uma assassina, uma inimiga implacável que pode aleijar de forma temporária ou permanente. Conseguir reconhece-la muitas vezes pode significar a diferença entre a vida e a morte. Trata-se da depressão mental, um humor inflexível e destrutivo que também provoca sintomas físicos ou somatiza doenças.
Só para você ter uma ideia do efeito desse mal devastador sobre a raça humana, a OMS documentou que em 98 ela se tornou o mal mais comum entre as mulheres superando o câncer de mama e as doenças cardíacas. Ao todos são mais de 340 milhões de pessoas em todo mundo de ambos os sexos que padecem desse sofrimento profundo, equivalente a duas vezes a população do Brasil. É dados certo que a cada ano surgirão 2 milhões ou mais de novos deprimidos, só no Brasil há mais de 10 milhões de sofredores patológicos. As várias faces do mal inclui o mal humor permanente, a sensação de desconforto e a tristeza profunda que ultrapassa de 2 a 3 semanas.
Surge algumas perguntas pertinentes, por exemplo, qual é realmente a causa desse mal? Será que é tudo psicológico? É da cabeça da pessoa? É de ideias que a pessoa cria na mente? Ou será que a depressão é o resultado direto de problemas externos que nós temos na vida, tais como problemas financeiros, solidão, problemas familiares, morte de alguém na família e assim por diante? Seria a depressão um problema de falha de personalidade da pessoa, subtendendo que apenas as pessoas de personalidades consideradas fracas vêem recorrer na doença e não pessoa quer estão ativas, operantes, dinâmicas e assim por diante? O que é mais difícil suportar estar numa cadeira de rodas, ter falta de membros, ser talvez um cego, surdo ou ter depressão? Por que a incidência da doença é maior nas mulheres do que nos homens? A proporção é de 2 para 1, para cada homem com depressão há duas mulheres deprimidas e finalmente, como combater e tratar esse mal e contribuir para que outros também o faça?
A depressão é uma doença diferenciada por que ela não pode ser escutada pelo o estetoscópio, não pode ser revelada em exames de radiografia, nem pode ser observada nos exames gerais de laboratórios. Localizada na parte mais nobre do corpo - o cérebro - ela se esconde em meios aos 100 bilhões de células neuroniais.
Contudo, sabe-se hoje que a depressão é decorrente de uma atividade química deficiente no cérebro. Por todo o cérebro existe ou acha-se espalhadas o que os cientistas em décadas anteriores chamaram de amina biogênicas, são compostos químicos que se concentram especialmente no sistema límbico do cérebro, o sistema que tem muito com haver com as emoções.
Algumas dessas aminas cumprem o papel de neurotransmissores, ou seja, carregam impulsos elétricos de uma célula para a outra no cérebro. Entre esse neurotransmissores acham-se a dopamina, norepinefrina e a serotonina. Em especial esse último citado, o hormonio cerebral serotonina, ele é responsável por fazer o corpo relaxar, portanto, pequenos distúrbios no equilíbrio desses neurotransmissores provocam efeitos significativos no comportamento, no pensamento e até no sistema imunológico da pessoa.
Assim sendo, a depressão é uma doença comprovadamente fisiológica se trata de uma doença física. Ela não é menos física que o diabetes nem mais mental que a enxaqueca, ela é tão física como qualquer doença ou resfriado comum, até em anos anteriores ela foi chamada de resfriado das doenças mentais por que é muito comum.
Não tem nada de psicológico, vamos ilustrar isso para entendermos bem da seguinte maneira: Imagina uma pessoa que está com bastante fome, muito faminta e em resultado dessa fome a pessoa apresenta alguns sintomas físicos como vertigem, por exemplo, e também sintomas comportamentais como irritação e nervosismo. Diria que tal pessoa está com problemas psicológico? Será tudo invenção da cabeça dela? É mainha? Ou é um problema real? FALTA DE ALIMENTOS.
Pois bem, podemos dizer que a grosso modo a depressão é um sintoma da fome que o cérebro está passando por falta de neurotransmissores. Então, no cérebro da pessoa deprimida os neurotransmissores não são produzidos em quantidades suficientes ou são destruídos com excessiva rapidez. É como um carro que está sem combustível, não adianta ficar dando partida no carro por que você vai arriar a bateria. Então não adianta ficar dizendo para a pessoa faminta que ela tem que se animar, viver a vida com alegria; dê comida e ela ficará boa.
 Da mesma forma não adianta dizer para a pessoa deprimida que ela tem de reagir, ver as coisas de forma positiva, encarar as coisas de frente;  o cérebro dela precisa fabricar mais neurotransmissres e nesse caso o problema não é tão fácil de resolver, por que não é possível ir até o supermercado da esquina fazer uma cesta básica de neurotransmissores e entregar para a pessoa doente, isso tem que ser produzido pelo cérebro dela. Como resolver o problema?
Nessa mesma linha de raciocínio deve sublinhar que a depressão é uma doença hereditária, pessoas que tem problemas de depressão na família, pais, tios, avós com depressão tem maior probabilidade genética de incorrer na doença durante a vida. É claro que hereditariedade não é destino, não é por que você tem familiares com depressão que você fatalmente irá incorrer na doença, mas tem mais probabilidades para isso. E nós podemos até ilustrar a situação com pessoas que nascem materialmente pobres em comparação com aqueles que nascem materialmente rica. Você há de convir comigo que a pessoa que nasce materialmente pobre tem maior probabilidade durante a vida de incorrerem dívidas em sentido financeiro, e até de acabar na lista da assistência social do que aquela que nasceu rica. O ponto em questão é que a pessoa deprimida ela não nasceu materialmente mas emocionalmente pobre, e por ser emocionalmente pobre ela tem maior probabilidade de durante a vida de incorrer dívidas em sentido emocional. Quando ela passa por um grande revés na vida ela não tem de onde tirar forças, por que ela é emocionalmente pobre, ela nasceu assim, ela não tem culpa de ser assim. E é evidente que ela vai gastar além do seu limite, é como um limite de cheque especial, a pessoa vai gastar além do seu limite e o seu banco da saúde não vai pagar a conta, e ela vai cair em depressão.
Mas não seria a depressão um problema produzido pela circunstancia, pelo ambiente? Esse é um assunto muito debatido entre os médicos, mas a resposta é NÃO. Por que não? Podemos ilustrar novamente a situação usando o exemplo do carro. Um carro que enguiça ao subir uma forte ladeira. Talvez a princípio você ache que o carro enguiçou por que a ladeira é muito acentuada mas quando você percebe que outros carros sobem aquela mesma ladeira, então o problema não está na ladeira e sim no carro. Há uma falha no motor do carro, uma fraqueza. Essa fraqueza não se manifestou enquanto o carro estava num local plano mas quando pegou uma subida acentuada, o problema que já existia no motor passou a manifestar-se. Então podemos dizer o seguinte, que o colapso da vida moderna, os problemas ambientais, as circunstancias, as subidas da vida que nós enfrentamos podem até desencadear o colapso da depressão, mas para isso acontecer é necessário primeiro uma falha biológica ou fraqueza no motor, quer dizer, se a pessoa já tem predisposição para a doença somando com um ambiente difícil ela vem a incorrer na doença, então não é uma doença circunstancial mas já é uma doença de predisposição genética que somada ao ambiente vem a acontecer.
Mas uma pergunta que talvez tenha chamado bem sua atenção foi aquela: o que é mais difícil suportar? Imagine de um lado uma pessoa que está numa cadeiras de rodas, ela só movimenta do pescoço pra cima, também ela é cega, tem deficiências auditivas, também foi afligida pelo mal de Parkinson e só consegue falar com grande dificuldade em surtos. Por outro lado tem uma pessoas que não tem nada disso, uma pessoa que aparentemente é normal, tem braços, pernas, anda, fala, só que tem depressão profunda. E agora? O que é mais difícil suportar? Você acha que sabe responder essa pergunta? Eu não tenho autoridade para responder essa pergunta e duvido que alguém na Terra tenha por que qual quer resposta que alguém der é uma resposta subjetiva, quer dizer, tem que ver com a experiência limitada que a pessoa tem, o ponto de vista pessoal dela.
Podemos ilustrar a seguinte situação novamente com um carro, dessa vez são dois carros. Imagine um carro que tenha a pintura toda queimada e descascada, não tem parabrisa, falta-lhe uma porta, os pneus estão todos furados, só que para a sua surpresa alguém dá a partida e o carro pega e a pessoa ainda consegue sair, o carro sai fumaciando e queimando muito óleo. Agora você imagina o outro carro, aparentemente novo, não tem nenhum defeito observável só que nem partida tem. Então tem um problema nesse segundo carro, o problema elétrico, por que se não tem nem partida falta o circuito elétrico para produzir a ignição do motor do carro. Lembre-se que a depressão é um problema elétrico, são poucos impulsos elétricos no cérebro da pessoa. Então a pessoa deprimida pode até ser como esse segundo carro, você olha pra ela e não tem nada, nada observável, só que como esse segundo carro, nem consegue sair do lugar. Ao passo que a pessoa não tem depressão profunda pode até ser como o primeiro carro, ter muitas deficiências, mas como aquele primeiro carro ela consegue levando uma vida razoável. Aí você vê a falta de bom senso de chegar-se a uma pessoa deprimida e falar pra ela o seguinte: Mas você ta aí deprimida? Devia sentir vergonha, você não tem problema nenhum, você está bem, não está em cadeias de rodas, não está num hospital? Tem pessoas que estão nessas situações e nem estão como você aí deprimida. É verdade tem mesmo, só que essas pessoas talvez não tenha problema na sua disposição mental. Comentários assim não ajuda em nada só vem aumentar ainda mais a carga emocional da pessoa doente, aumentar ainda mais o seu sentimento de culpa. Esse não é o caminho de se ajudar uma pessoa doente. Mas uma outra pergunta que se foi feita, é por que as mulheres sofrem mais depressão do que os homens. Alguma razões já foram descobertas, os motivos pela ciência, vou cita três motivos: um  motivo é justamente aquele hormônio chamado serotonina, existe em quantidade menor no cérebro feminino e é mais abundante no cérebro masculino. Uma segunda razão é a instabilidade hormonal que é mais acentuada nas mulheres do que nos homens e uma terceira razão é que as mulheres tem mais facilidade em revelar que sofre depressão do que os homens, por ser encarada como falha de personalidade pela sociedade humana isso tem sido negado pelos homens. Então olhando desse ângulo as mulheres seriam até mais corajosas do que muitos homens. Uma outra pergunta que foi feita é se a depressão seria uma falha de personalidade. Para responder essa pergunta eu vou citar a revista Veja de 26/02/97 pág 97. Essa revista falou de um empresário curitibano chamado Márcio Bamberg, em 91 tinha 41 anos de idade e foi quando ele dissolveu uma sociedade que tinha numa empresa de consultoria e caiu em depressão profunda,  a história diz que ele passava todos os dias em casa de pijama, sem coragem para procurar emprego, e havia sido empresário. Fumava muito, perdeu 10 quilos, chegou ao ponto de pedir dinheiro emprestado para sustentar a família, e havia sido empresário. Aí aconteceu com ele o que os dentista chamam de bruxismo, durante a noite ao dormir ele rangia os dentes de forma brutal, em questão de poucos tempos os seus dentes foram caindo um a um e em questão de dois meses restavam apenas dois caninos e dois pré-molares. Então esse homem se submeteu a uma terapia de dois anos, conseguiu recuperar-se, retomou a carreira e com sua nova empresa em 97, faturava mais de 60 mil reais por mês. Então isso mostra que não importa se a pessoa é um executivo, é um empresário, uma pessoa famosa, enfim...qualquer pessoa pode incorre na doença se tiver predisposição pra ela, que é uma doença fisiológica, não é falta de vontade da pessoa, não é manha, é uma doença que não tem nada haver com capacidade intelectual, maturidade e assim por diante.
Como qualquer outra doença física, o tratamento da depressão será feito após uma avaliação física e psíquica por um médico psiquiatra. O tratamento inclui medicamentos homeopáticos, que regulam a química cerebral, reflexoteapia, auriculoterapia, psicoterapia e outros...Existe um medicamento eficaz para a depressão e chama-se EXERCÍCIO FÍSICOS com uma alimentação equilibrada. Mas não se trata de qualquer exercício e sim um treino na intensidade ideal que alem de tratar a depressão, abaixa os níveis de cortisol.
Sua saúde através dos pés
A Reflexologia é uma boa aliada contra a depressão, a reflexoterapia (aplicação da reflexologia) é uma técnica capaz de avaliar e tratar distúrbios físicos e emocionais por meio de estímulos em plexos nervosos relacionados ao órgão ou a característica emocional em tratamento. É capaz de aliviar os mais variados sintomas, como dores musculares, enxaquecas, estresse, TPM, fibromialgia, insônia, má-circulação, problemas digestivos, alérgicos, e até aqueles de ordem emocional, como depressões, síndrome do pânico e ansiedades.
Não perca bons momentos de sua vida  por causa da depressão, faça reflexologia e viva a vida com mais prazer.

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